17 maio 2007

Notas de uma vida agitada

Tem alguns fatos que acontecem que eu sempre prometo escrever algo sobre. Mas como tenho memória de peixe e não costumo anotar coisas importantes, elas se perdem nas brumas do tempo - que poesia!

Mas lá vai:

1 - Há duas semanas, mais ou menos, recebi um convite de uma amiga (que não cabe citar o nome aqui) para ir até a badalada boate Pachá, aqui em São Paulo, que fica praticamente do lado de minha casa. Segundo ela, os convites para a balada davam direito a entrada VIP no camarote do lugar, chamado sugestivamente de "El Cielo". Confesso que não sou muito chegado a badalação desses lugares. O povo me incomoda e não há propósito algum (se alguém ai gritou que serve pra cair na noite pra pegar a mulherada ou os caras, garanto que há lugares BEM melhores para se fazer isso). Mas de graça até injeção na testa vale, como diriam as nossas mães, resolvi ir.

Chegando lá, para a minha não-surpresa, deparo-me com uma Ferrari estacionada. Sentiu o nível? Uma Ferrari custa mais de R$ 1 milhão de reais. E ali do lado, do lado mesmo, tem um montão de desabrigados mendingando restos da feira do CEAGESP. Enfim. Deixamos o carro no valet (que custou pornográficos R$20 - só para levarem o seu carro até algum lugar e voltar) e fomos para a fila. Por pura sorte ou por o cara que recepcionava os VIPS achou que tinhamos cara de pobrinhos, fomos avisados de que com aquele convite, tinhamos direito a consumação de R$100 e R$200 para mulheres e homens respectivamente. Eu, escolado com esses lugares que sou, já saquei na hora. As meninas (minha namorada, nossa amiga e a irmã dela) acharam que sairia de graça. Ai o recepcionista avisou que, independente de consumir ou não, pagaríamos aqueles valores, só para sorrir lá dentro. Absurdo é pouco. R$ 500 em uma noite é pra dar risada. Mesmo levando em conta que uma cerveja lá dentro deve custar mais de R$10. E é uma long neck.

Depois de passado o choque, fomos embora. Pedi para a moça do valet devolver o dinheiro que pagamos, afinal, não faziam nem 5 minutos que eles haviam levado o carro. Ela só me devolveu R$10, alegando que só para estacionar o carro no galpão que eles locavam, já pagavam R$10. Desconfio que é uma grande lorota, por que eu moro ali ao lado e já vi várias vezes eles pararem os carros nas ruas em volta. Mas tudo bem, resolvi não discutir.

Enquanto esperávamos o carro, chegou um daqueles Jeeps, carrões enormes e bem caros. De lá me desce uma mulher toda produzida e o seu cachorro, um labrador. Sim, ela havia trazido o cachorro pra balada. E o pulguento ainda usava um lencinho. Foi demais! Comecei a ter um acesso de riso. RáRáRá - Um cachorro na balada! E o que será que ele ia beber? Skol Pets? Ia xavecar umas cachorras (isso com certeza ele iria encontrar!)? Me segurei para não rir na cara da mulher. Na verdade achei uma grande maldade aquilo. O som alto do lugar poderia deixar o bichinho surdo.

No fim, acabei minha noite tomando uma cerveja na Vila Madalena com algumas amigas. Garanto que me diverti muito mais!


2 - Finalmente, depois de 4 anos iniciado o processo, consegui tirar a minha carteira de habilitação! Aleluia! JesusMariaJosé!

Sim, eu sou ruim de voltante e não tenho vergonha de assumir. Na verdade nunca me liguei muito em carro, diferente da grande massa da minha idade, que faz 18 anos acampando em frente a auto-escola. É bem verdade também que isso já me atrapalhou várias vezes :(
Mas agora tudo mudou!

3 comentários:

Grazi disse...

O cachorro na balada foi inesquecível... E o preço, inaceitável e fora da realidade do país que vivemos, mas...

BJUs

Alessandro Palermo disse...

Hahahahahaha
Queria ter visto essa cena.
bOa, primo! Me fez expôr lágrimas de risos hahahahahha.

Anônimo disse...

ahuahauuha, q zuado isso.

imagina lah dentro, se misturar com um povo destes...

se eu fosse o labrador dava uma bela duma cagada bem no meio da balada.

bjO!