11 julho 2007

Um pouquinho de magia

A coluna de hoje, na Casa do Galo:


Se tem uma outra Casa que admiro além dessa aqui (o Galo me pagou para dizer isso) é uma casa que tem as idéias mais malucas e criativas do cinema nos últimos tempos. Essa casa é a Pixar.

Pra resumir a história toda, ela é do Steve “olha eu aqui traveis” Jobs . Na verdade da Disney, mas com o Mago Steve como acionista mor. O cara vendeu o estúdio de animação para a empresa do Mickey pela bagatela de US$ 7.4 bilhões e continua dono. Em 2004 ele resolveu romper o contrato de distribuição que tinha com a Disney, alegando pouca participação nos lucros. Esperto (e sortudo) sou eu né? E sabe quanto ele pagou pela Pixar na década de 80 (na época nas mãos de outro mago, George Lucas)? “Apenas” US$ 10 milhões - uma pechincha. Mas chega de falar de números. Só gosto de números na minha conta. Quem quiser saber um pouquinho mais dos números da Pixar e do Steve, acessa aqui ó.

A última criação deles é o tal do Ratatouille (que é o nome de um prato francês, além da associação óbvia com o ratinho-protagonista). Só pelos trailers achei a animação maravilhosa. Depois fui conferir um making-off e me surpreendi ainda mais. Para desenvolver as texturas dos alimentos, os artistas (ou animadores, para os mais ortodoxos) aprenderam a cozinhar(!), para depois fotografar os pratos e aplicar na versão virtual. Outro filme deles que impressionou bastante pelo nível de fidelidade com “coisas” reais, foi o Procurando Nemo. Quem ai assistiu lembra-se daqueles corais? Perfeitos. Eles levam a perfeição ao extremo em alguns aspectos. No Monstros S/A, eles animaram separadamente cada pêlo do corpo do Sullivan, o monstrão azul. E podem apostar, eram muitos.

Toda essa criatividade é liderada por John Lassater, um ilustrador que deixou a Disney na década de 80 para participar do projeto embrionário do que viria ser a Pixar. Hoje ele é Diretor Criativo. Fiquem de olho no próximo projeto deles, Wall-E. Ouvi dizer que o filme não vai ter nenhum dublador real, as vozes serão todas feitas por computador. É ouvir para crer.

Agora vocês me perguntam, o que tudo isso tem a ver com publicidade? Aparentemente nada, afinal estou escrevendo sobre um estúdio de animação, ratos, peixes, monstros e um maluco que inventou um tocar de música que cabe em qualquer bolso. O que muita gente não sabe, é que a Pixar já produziu muitos comerciais. E, por tabela, influenciou todo um mercado com a tecnologia que desenvolveu. Por muitas vezes, os criativos do estúdio não tinham nada que desse suporte as suas idéias, então eles desenvolviam o programa para animar os seus personagens. Quem lembra dos comerciais da Brahma com a tartaruga e o Siri? E que tal os da Assolan, pra ficar mais atual? Pois é, esses são só alguns exemplos. Sem a Pixar, nada feito. E confesso, um comercial com animação (quando bem feito) tem outro charme. Querem lembrar alguns exemplos de filmes publicitários produzidos por eles? É só acessar esse link e navegar pela linha do tempo no final da página.

Um abraço e até a semana que vem.

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